quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Espelho, espelho meu

A mulher no espelho, de Pablo Picasso

Quanto tempo, de seu dia e sua vida, você gasta olhando para si mesmo? Olhar no sentido mais amplo da palavra, não simplesmente visualizar o óbvio, o que está externo e aparente, os aspectos físicos. Cada vez mais, nosso interesse é (facilmente) captado por objetos que mostrem nossa própria figura, sejam filmes, fotografias, espelhos ou janelas que perpassam nosso caminho pelas ruas; no entanto, são apenas imagens.

É característica das superfícies refletoras, e me refiro ao espelho em particular, revelarem o bom e o mau; porém, a percepção das imagens que surgem, bem como as ações engendradas a partir delas, cabem ao indivíduo que se posicionou em frente ao objeto. O que ele vê? O que essa visão significa para ele? O que existe por trás do reflexo? Foi-se a época em que contemplar era o suficiente...

Se “os olhos são o espelho da alma”, talvez devamos prestar mais atenção quando os diferentes tipos de espelhos se cruzam. Quem sabe assim sejamos capazes de compreender melhor o que enxergamos? Em nós e nos outros.

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