Lembrar e refletir sobre os acontecimentos ocorridos nos últimos 365 dias é um exercício bastante interessante, pode nos mostrar respostas e dar esperanças em relação a questões que nos afligem ou, simplesmente, trazer à tona antigas emoções. Todos os anos, desde criancinha, a proximidade do meu aniversário torna-me mais sensível (sim, isso é possível!): questiono a vida, os obstáculos que ela coloca em nossa frente, as alegrias que proporciona, enfim sua trajetória.
Aos seis anos, decobri que não era o único ser humano nascido naquela data - eu realmente não sei o que se passava pela minha mente infantil - e depois disso, os aniversários perderam gradativamente o encanto para mim. Triste. A ilusão ingênua de ser especial por vinte e quatro horas apenas... O tempo passa e a maturidade nos alcança, percebemos que existem milhares (no mínimo) de outras pessoas comemorando nascimento no mesmo dia que nós, o que faz emergir uma brusca noção de realidade. Porém, ainda que não sejamos o indivíduo de maior importância mundial naquele momento, o somos para determinado grupo, amigos e familiares. Tradução: somos o indivíduo de maior importância do nosso mundo!
Demorei a compreender que a existência não foi elaborada com o intuito de ser fácil; na verdade, às vezes penso que ainda não entendi muito bem. Vivemos para colecionar experiências, boas e ruins. Então, sigo tentando aprender a lição. =)