Cada vez que me deparo com os atuais filmes e seriados sobre vampiros, tão em voga atualmente, inevitavelmente deliro sobre o que Bram Stoker pensaria a respeito deles. Abraham Stoker foi um escritor irlandês nascido na cidade de Dublin em 1847; mais do que isso, ele é o autor responsável pela primeira e mais importante obra literaria envolvendo a temática do vampirismo, Drácula (1897).
Estruturado por meio de cartas, diários, anotações de bordo, entre outras formas de registro (o que o caracteriza como um romance epistolar), o livro narra as consequências decorrentes da visita de Jonathan Harker a um castelo localizado numa remota áreda da Transilvânia, propriedade do excêntrico conde Drácula. Com esse post, não pretendo escrever uma resenha do livro, por isso a descrição da história termina aqui; e também para aguçar a mente dos mais curiosos e interessados pela leitura.
Vampiros são um tema naturalmente atrativo e fascinante, afinal a permanência da vida após a morte, aliada a poderes sobrenaturais, chama a atenção dos meros mortais - ainda que tal permanência apenas seja possível através do consumo do sangue de seres vivos. Embora a existência dessas criaturas tenha sido registrada em culturas antigas, foi no século XIX que o termo "vampiro" adquiriu popularidade, devido ao aumento massivo das histórias e superstições envolvendo essas entidades mitológicas. Inserido nesse contexto, encontrava-se Stoker.
Razão particular por minha afeição à obra é meu gosto pelo romantismo fantasmagórico e pelos ambientes sombrios retratados no século XIX (meu século favorito, se é que isso existe!). Esse cenário é reproduzido na adaptação do livro de Bram Stoker ao cinema, realizada em 1992, com direção de Francis Ford Coppola. O filme conta com um elenco de peso, tendo Gary Oldman no papel principal e Anthony Hopkins como o professor Van Helsing.
Setenta anos antes, Drácula já havia servido de inspiração à sétima arte em Nosferatu - ainda que título e ambientação tenham sido alterados, uma vez que os herdeiros de Stoker não concederam a permissão para que o diretor alemão Friedrich Wilhelm Murnau realizasse o filme.
Antes de assistir a Crepúsculo e sua saga, que tal dar uma olhada nos clássicos antes? Mal não fará!