sexta-feira, 20 de maio de 2011

Por que não um livro?

Minha vida não anda muito agitada, então nada melhor que um livro para preencher a sexta-feira. Sou apaixonada pelos clássicos, sobretudo da literatura inglesa, por isso a dica é o romance O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. Nele, o escritor trata da arte, da vaidade e das manipulações humanas por meio da história de um belo e ingênuo jovem que é seduzido pelo mundo hedonista e acaba por perder-se.


A literatura exerce sobre mim curiosas influências (especialmente a oitocentista). Elas são notórias na maneira como passo a me expressar, oralmente ou por escrito: as frases tornam-se mais rebuscadas, ornadas com palavras elegantes e eloquentemente organizadas.
A ficção remete a aspectos típicos do século XIX que me foram apresentados na faculdade – são visíveis as menções cientificistas, o modernismo, a belle époque. O cenário em que vivem Dorian Gray e lorde Henry é o mesmo em que escreviam Darwin, Freude e tantos outros; sem mencionar os paradoxos recorrentes entre progresso e decadentismo.
Sem dúvida, a máxima capitalista “o trabalho enobrece o homem” acarretou grandiosas perdas à humanidade. Somos pressionados a produzir e consumir, renegando a doce arte da literatura – ela sim dignifica o ser humano na minha opinião! Não me refiro aqui à simples capacidade de ler, mas ao hábito decorrente dela. Através das letras, transportamo-nos para mundos e épocas diversos e, por que não, para pessoas diversas. Um autor sempre transmite suas concepções e perspectivas nas linhas que escreve, conscientemente ou não. De qualquer modo, ao lê-las, entramos em contato com ideias que, seguramente, um dia nos serão úteis.
Não pretendo fazer uma resenha do livro, minha intenção é apenas divulgar uma boa opção de leitura. Aos adeptos do mundo virtual, certamente existem sites que disponibilizam o texto para download; para aqueles mais antigos, como eu, nada substitui o movimento das páginas. Boa leitura!

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