segunda-feira, 9 de maio de 2011

Vamos conversar?

A cada momento, os seres humanos colocam-se em diálogo uns com os outros; no entanto, o que significa realmente conversar? Falar e ouvir simplesmente? Ao proferirmos nossas opiniões, esperamos que o interlocutor seja perfeitamente capaz de compreender nossas palavras, para que assim haja completa efetivação do ato comunicativo. Contudo, nem sempre somos hábeis o suficiente para nos fazermos entender ou não contamos com um ouvinte atento e interessado.

Conclusão lógica seria dizer que dialogar exige um duplo esforço: é preciso abster-se momentaneamente dos próprios pontos de vista, a fim de se entregar livremente às concepções alheias; igualmente importante é a obstinada procura pelas palavras certas, evitando (sempre que possível) mal-entendidos.

O dicionário define interação como a ação que se exerce mutuamente entre duas ou mais pessoas - esta poderia ser uma inspiração constante para as relações humanas! Ao convivermos, não partilhamos apenas informações, mas também experiências e perspectivas. Algumas delas, vivenciadas por inúmeras pessoas, são mais fáceis de apreender; outras podem ser únicas, frutos do aprendizado individual e, portanto, demandam uma verdadeira transposição mental.

Se nos dispusermos a enxergar a alteridade com olhos limpos, talvez percebamos que o outro tem algo a dizer e, com sorte, alcancemos um novo patamar interpretativo. A constante tarefa de compreender consiste em tolerância e boa vontade!

10 comentários:

  1. Mas é tão dificil ne?
    Como falamos no sabado, as pessoas são egoistas ate no ato de conversar, quando dizem coisas sem pensar que podem magoar ou ate ofender os outros.
    É complicado...
    Mas sou feliz por estar com alguem que, como eu, percebe que tem jeitos muitos melhores para ter uma troca saudavel de conhecimento e tudo mais!

    AMO!

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  2. "Conclusão lógica seria dizer que dialogar exige um duplo esforço: é preciso abster-se momentaneamente dos próprios pontos de vista, a fim de se entregar livremente às concepções alheias; igualmente importante é a obstinada procura pelas palavras certas, evitando (sempre que possível) mal-entendidos."

    Acredite, esse esforço é diário por aqui. Mas haja paciência para a ignorância e o egoísmo das pessoas, minha cara amiga! Mas o bom é sermos sempre razoáveis e nunca desistirmos da batalha. :)

    E ei, você não é nada tola. ^_^

    Amei o blog :***

    Muitas saudades.

    Ju Salgado

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  3. Isso me lembra que eu preciso reativar meu blog. xD

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  4. Gostei de tutô! ... tutô.. agora é serio, eu gostei de tudo principalmente da frase " porque até os tolos tem algo a dizer", mas olha, na minha opinião a comunicação muita das vezes é defeituosa, além daquilo que você colocou, que aliás concordo em gênero, numero e grau, mas também devido ao fato da nossa mente ser tão inquieta, isso faz com que, mesmo você se interessando no assunto, viaje nele enquanto o interlocutor fala. Bem espero ter contribuído, beijos e parabéns!

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  5. Antes de mais nada, parabens pela iniciativa de algo construtivo! Ja reparou que quando encontramos algiem na rua e perguntamos: esta td bem? A resposta na sua grande maioria fala que sim. Quando dizemos ou escutamos um nao ficamos meio que perdidos. Se vc realmente quer saber se aquela Pessoa esta bem melter parar e prestar atencao . Beijos cunhada !

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  6. Podemos nos lembrar também, Carol, que a comunicação não ocorre somente através da fala, mas também através dos gestos, das expressões, do olhar e até mesmo do silêncio, e nós, na maioria das vezes, não nos damos conta disso. O fato é que na correria louca de nossas vidas não aprendemos a ouvir, a aceitar o outro. Nossa individualidade é tamanha que não toleramos quem pense, sinta, veja algo diferente de nós. Tá aí um bom exercício para nossas mentes: aprender a ser menos eu, eu e eu e se doar mais ao outro.

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  7. E parabéns pelo blog!
    Tenho certeza que virão posts muito construtivos para nós refletirmos! Beijos!!!

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  8. As principais lições do esforço de compreensão estão em seu uso. O que se faz com isso? A consciência filosófica do que fazemos com as coisas parece imediatamente acessível, mas dificilmente o é. O Outro nada mais é do que um "mundo possível". E é essa possibilidade de existência que consiste no ponto-cego das relações humanas habituais, justamente por sua aparente obviedade. O óbvio é sempre difícil de ser visto, ainda mais quando ele está imerso em relações de força que o deturpam. As coisas são possíveis; nós mesmos somos possíveis. Irrenunciável possibilidade: a empatia só é um começo, não um fim para nossas ações. As ações devem incidir, preferencialmente, no "viver com".

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