Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonho, que flores,
naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é- lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar
Oh! dias da minha inafância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
ABREU, Casimiro de. Meus oito anos. In: Poesias completas. Rio de Janeiro, Tecnoprint, s.d.p. 41.
Short e Camiseta Maria Filó*
Blazer Renner
Sapatilha e Cinto C&A
Relógio Mondaine Twist por Reinaldo Lourenço
*Adquiridos da liquidação de 50% (que ainda está acontecendo!)
Diversos elementos nesse look remetem à minha infância, ainda que essa não tenha sido a intenção quando elaborei ele. O recorte do short, bem diferente como os que minha mãe comprava; a máquina de costura da minha avó; o relógio colorido que troca pulseira; o casaco de moleton, eterno companheiro das crianças - todos trazendo lembranças de um tempo que não volta mais, como ilustra bem o poema romântico de Casimiro de Abreu.
Correr, pular e gritar nunca foram minhas atividades favoritas quando pequena, eu era mais quieta e passava os dias na casa dos meus avós brincando de boneca e de escolhinha. Talvez uma pitada de molecagem tenha me feito falta; no entanto, o assovio do meu avô e os bolinhos de chuva da minha avó proporcionaram momentos adoráveis que jamais esquecerei.
Sim, tenho saudades da "aurora de minha vida"! De uma época em que os sonhos eram muitos e as dificuldades, poucas. Principalmente, sinto falta das carícias e dos beijos que, no meu caso, eram da vovó...
Nostalgia à parte, fiquei bastante satisfeita com esse look: por si só, o short é capaz de garantir sucesso à produção, graças ao belo recorte, e o blazer de moletom é uma alternativa viável para a variação climática que tem acompanhado os cariocas nos últimos dias. Mais uma vez usei a sapatilha com o laço puxado para trás, como aqui - agora lembrei de fotografar o efeito. ;)
A minha infância foi repleta de momentos felizes e roupas coloridas. Como foi a sua?
Sou muito nostalgico...
ResponderExcluirAcho que tento olhar pra frente com tanta força pra não olhar para tras e sofrer...
Minha infãncia foi otima, cheia de molecagens, brincadeiras e membros engessados.
Essa vida cinza de hoje e uma piada sem graça perto daquilo...
mas oque fazer?
Deixa eu ir, senão falarei e sofrerei muito mais.
Beijo minha linda!
ADORO esse poema do Casimiro. Me lembra muito o professor Almir, quando ele lia com aquela emoção toda dele.
ResponderExcluirLindo você postar isso!
E que saudades dos meus 8 anos... ^^
Beijos lindaaaaaaaaaaa :**
Saudades tia schu! :)
Sei lá você é tãããão nostálgica! Eu aprendi a conviver com isso, aliás eu te dou beijos sim sua ingrata! Só é você que torna a nossa convivência mais difícil me provocando e dando sermões, admita: é você sim. Aliás você as vezes me lembra o Justin. E o Justin é chato. Assinado você sabe quem, e não, não é o Voldemoert. :*
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