terça-feira, 9 de agosto de 2011

Comportamento humano: Redes sociais

A Internet reduziu as distâncias e aproximou as pessoas ao redor do mundo, graças a ela podemos visitar paisagens nunca antes imaginadas, obter informações rapidamente e (re)criar amizades. As redes sociais viabilizaram a reunião, ainda que virtualmente, de amigos de agora e do passado, dando fim à eterna dificuldade em manter contato. No entanto, uma pergunta é preciso fazer: quantos amigos você tem na vida e no facebook? Grande parte dos usuários de redes de relacionamento tem em sua lista de amigos uma generosa parcela de desconhecidos. Não acredito que tal realidade seja um problema de fato, a menos que impeça a interação física entre os seres; com isso quero dizer que trocar um passeio na praia e/ou uma ida ao cinema por um chat não vale à pena.

Outro ponto interessante dessa nova experiência comunicativa é sua capacidade de transformar a vida de todos em um livro aberto – basta curiosidade e pouquíssima força de vontade para ter acesso a fotos, conversas, desabafos... Como consequência quase direta emerge a falsa impressão de intimidade, fazendo com que a energia de um pensamento se materialize de modo imediato em comentário através do teclado. Resultado: no mundo globalizado e digital, as fofocas e os mal entendidos têm seus efeitos potencializados. As regras de etiqueta na Internet são flexíveis, mas prefiro ater-me à filosofia do pai do coelhinho Tambor do filme Bambi, da Disney, segundo a qual “se não temos nada de bom a dizer, melhor não falar nada”. Afinal, não devemos deturpar a proposta de uma rede de relacionamentos, colecionando desavenças no lugar de amigos!

Uma vez que a necessidade de pertencimento do ser humano o leva a buscar por novos grupos, ser membro de uma rede tornou-se habitual. Atualmente, espanta-mo-nos ao encontrar alguém que não faça parte pelo menos de uma delas. Cada vez mais desejamos nos sentir conectados e adequados ao novo mundo e, com isso, multiplicam-se os iPhones, iPads e demais aparelhinhos com acesso wireless à Internet. Contribuímos com a mudança de paisagem nas cidades, repleta de celulares nervosos prontos para postar qualquer acontecimento: na rua, no restaurante, na escola, no trabalho.

Inovações atiçam os ânimos, provocam vontades e, por vezes, viciam. Com os canais virtuais não é diferente, justamente por isso devemos prestar mais atenção: no que compartilhamos, postamos, comentamos, afirmamos, criticamos, curtimos. Enfim, nomes à parte, o discernimento é indispensável àqueles que se aventuram por esse incrível universo descontrolado.

E você, quantos amigos tem na vida e no facebook?

Um comentário:

  1. Muito bom o post!!!
    Como já dizia meu chefe "quem tem passado não tem facebook". rs
    Tudo é tão aberto, tão compartilhado que fica difícil estabelecer limites. A tecnologia veio para facilitar nossas vidas, mas com consequências das mais desastrosas.

    Bjs!

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